quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Desejos e inquietação



QUARTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2012





Obrigada por me inquietar,



por me roubar a tranquilidade.



Por trazer à tona os meus desejos mais conflitantes.



Tenho desejos virtuosos e outros nem tanto.



Dos virtuosos, eu cuido.



Dos outros, é você quem deve cuidar, pois foi você quem os despertou.


Exato


"Tudo o que é de menos, falta.
Tudo o que é demais, sobra.  
Seja exatamente o que se pode ser,  
sem ser mais e sem ser menos.
Não esteja aquém ou além, mas na medida exata de ser..."

Cortinas



Eu quero aproveitar essa brisa noturna que me propicia essa capacidade insana de pensar

no que eu gostaria de fazer.


Isso me assusta.


Agora não posso mais fechar as cortinas, que depois de abertas, não se fecham mais...


Apenas tremulam...

Tortura


A minha tortura está apenas começando.

Vou te torturar tanto que os seus neurônios vão inchar tamanha será a minha presença.

Quiçá estourem.

Maldade? Não.

Eu defino como soberania.

Vou ocupar todos os seus espaços.

Desfoca


"Sufoca?
Desfoca.
Deixa deslizar.
Deixa fluir.
Deixa ir.
Já foi, já era.
Desfoca.
Não enrola.
...evapora."

Dedução


Deixe-me escrever somente um pouco.

Deixe-me contar sobre as minhas histórias, 

as minhas alegrias e as minhas tristezas.

Meus sentimentos se materializam nesta folha, 

mediante os rabiscos desordenados da minha caneta.

Porém, há algo que se perde.

Há algo que fica retido em mim.

Algo que é incapaz de ser revelado pela tinta.

Tudo, trata-se de uma dedução.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vá !

Agora chega!
Desapareça!
Leve contigo as bizarrices que me trouxeste
Não vou caminhar olhando para os lados
Não quero ver o despreparo do teu viver
Não me encaixo nisso.
Vá !

Em 30.11.2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vontade

Posso bater na sua porta
Posso abrir as janelas do seu lar
Posso deitar na sua cama
Posso dormir ao seu lado
mas não tenho acesso aos seus pensamentos mais profundos
Se voltarei ou não,
vai depender se a minha vontade em te desvendar persistir
Não sei se vou querer
Se hoje eu quero
Amanhã pode ser diferente
Minha vontade é mutante


Em 29/07/2011

sábado, 2 de abril de 2011

Meus olhos

"Meus olhos estão por ai,
ávidos por encontrar a primeira saída
Às vezes estáticos, às vezes, inquietos.
Não sabem o que procuram .
Vêem o que lhes mostram.
Fixam no que os perturbam.
Divagam sem rumo,
e mesmo assim,
encontram os seus."


P.S. Dedicado ao meu amigo Elson. Foi a partir de uma conversa nossa (pelo msn) que me inspirei e escrevi isso, para acalmar o coração dele. (28/03/2011) rsrsrsrs

domingo, 2 de janeiro de 2011

Erros e acertos

O certo e o errado são variáveis.
O que é certo para mim,
talvez seja errado para você.
Aceitar o seu errado, faz com que eu aceite o seu certo,
isso se o seu certo couber nos limites  do razoável.
Definições demais nos prendem, nos acorrentam.
Deixar viver e sentir supera qualquer tipo de imposição.
Se o seu errado não prejudica,
não será o meu o meu certo que vai impedi-lo.

Transbordamento

Acumulo sentimentos.
Procuro acomodá-los confortavelmente.
Uso-os quando eu quero.
Mantenho-os guardados com rigor.
Alguns tentam fugir, empurram a tampa que os impedem de emergir.
Tento eliminar alguns, mas parece que eles se desdobram e ocupam mais espaço do que deveriam.
Quando percebo isso, tento mantê-los contidos para evitar qualquer tipo de transbordamento.
Não, não estou cabendo em mim.
O meu nível de emoções já está atingindo o  máximo.
Estou prestes a transbordar.

Fênix, Renata, renascida.

Ah! A Fênix
Renascendo
Renata
Reinventando
Refazendo
Todos os dias
Todas as horas
Reformulando
Repensando
Revivendo a cada segundo
a cada instante
a cada gesto
a cada olhar
Fênix
Renata
Renascida
Não se exaspera
Não se entrega
Não se desespera
Se recompõe
Se regenera
Renasce
Renata
Sempre

sábado, 13 de novembro de 2010

Meus pensamentos.

Em 11/07/2010:



"Se uníssemos o meu certo com o seu errado,


a minha covardia com a sua coragem,


seríamos um só pêndulo em busca do desafio do equilíbrio."
(Frida Kahlo)


"Não quero ser o espectador da minha própria vida.


Quero atuar, escrever o meu roteiro


e aplaudir no final.


Por isso, faço as minhas cenas e interpreto os meus personagens."



(Deusa Atena)





"Tolo é aquele que se acostuma com a mansidão da vida.


A vida não se vê somente,


se sente,


se faz.


Não quero a calmaria de dias previamente definidos,


quero a confusão do improviso."


(Deusa Maat)



"Não posso, não devo.


A minha vida repleta de "nãos".


Quero os "sins" que se escondem por detrás das mulharas do meu juízo."





"Meu preço por querer ser mais do que preciso ser,


é pensar em escolher o que de certa forma me encoraja a seguir desafiando


os meus limites e entraves, que um dia foram golpeados para fora do meu destino."





"Faça da sua vida uma lenda,


e não um retrato de uma paisagem seca e estampada na parede."





"Perdo-se pelos seus erros, eles nada mais são do que o sangue que corre pelas suas artérias.


São o que te movem em busca do que ninguém jamais saberá, ou entenderá."




Renata Capella     

Desvios

Tento desviar-me daqueles pensamentos que acho danosos a mim,

Mas a cada descuido meu, aqueles pensamentos adentram furtivamente em minha mente,

o que me faz refutá-los antes que eles preencham completamente o meu pensar.

É uma luta interna contra um inimigo ágil e persistente.

É como fechar a porta na face de alguém que pretende entrar sem ser convidado.

Constantemente, eu procuro o desvio desses pensamentos,

tentando manter-me protegida dessas invasões perturbadoras que poderiam me tornar vulnerável em minhas sensatas escolhas.




(escrito em 06/04/2010 , por Renata Capella)












Palavras descompassadas

Um menino me fez escrever aquelas palavras descompassadas.


Palavras antes retidas num imaginário distante e lúgubre.


Agora aquelas palavras soam claras e desmedidas, desaforadas em suas formas,


descabidas em bocas castas e pacíficas.


Tornam-se incandescentes ao arderem no mais absoluto desejo de ousar, proferidas de bocas profanas e insanas,


perfilam-se no ideal de uma existência efêmera e bastarda, compelidas a ditar o próximo devaneio, marcante, profundo e fincado por sentimentos desconcertados e postos ao avesso.


Palavras descompassadas, palavras para um menino.


Aquelas nossas palavras reveladas, eternizadas naqueles breves momentos.


Nossas palavras descompassadas, apenas nossas.


(Escrito em 22/03/2010, por Renata Capella)

Desconstruindo

Da minha vida apática, rígida e retilínea.


Da imobilidade certa e racional.


Tudo exatamente normal.


Mas burlando os meus anseios, a vida mostra-me desvios.


A encruzilhada faz emergir os meus desejos mais omissos e perversos.


Durante toda uma vida busquei a exatidão, o sensato,


mas golpeando os meus princípios, a vida depara-me com a desconstrução de minha fortaleza real.


Aos poucos deslizo-me em meus sentidos, esvaindo-me em ruas nunca antes percorridas, de natureza atraente e herética, e assim, aos poucos vou-me redesenhando, redefinindo os meus prazeres mais inóspitos.


Aos poucos vou desconstruindo meus sentidos.


Apenas desconstruindo-me.






(Renata Capella)










Nota da autora: Falo das nossas convicções, das nossas ideias concretas e dos nossos conceitos imutáveis sobre determinados assuntos, das opiniões que formamos e da certeza de que elas serão eternamente como são, até que o destino nos mostra situações que nos forçam a repensar sobre coisas que antes estavam imunes a qualquer tipo de reanálise, é a desconstrução do que um dia fora considerado imutável. É a reflexão sobre nós mesmos e do que pensamos e sentimos. Escrito em 22/10/2010)